Um caminho feito à mão
Rachel Facó
Como a gente descobre que uma coisa é feita à mão? Reparando nos detalhes. Foi de tanto notar que a autora se mete em tudo que faz, que cismei que tudo que ela faz sai assim: feito ela.
- Os livros da Casa têm uma linha editoral comum, são numerados (únicos), têm diversas interferências da autora (capitulares, assinatura, escolhas pessoais – imagens, gravuras etc), carta pro leitor e a divulgação, quando acontece, é através de um “projeto feito a três (eus): escritora, atriz e andarilha”: as mambembadas.
- Tudo começa pela mão, o lápis e o papel. O próprio processo da escrita é artesanal, nasce num caderno antes de ir parar em livro.
- A linguagem adotada pela autora também parece feita à mão: feito a gente ouve no dia-a-dia, feito que aproxima prum papo.
foto: arquivo pessoal, casa Lygia Bojunga