Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga

Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga
Un Novo Nicho pra Santa

sábado, 11 de setembro de 2021

Boa Liga

Boa Liga
 
Lygia Bojunga cria histórias
                          faz papel
                          imprime narrativas
                          produz livros
Lygia Bojunga narradora
                           jardineira
                           costureira
                          artesã

Para pensar a obra bojunguiana, precisamos incluir a palavra, o papel, o livro, o tecido, o texto, o bordado, a linha, o Fazer à Mão. Lygia escreveu e publicou histórias de gente, de bichos, de objetos, de sentimentos, de passados, de memórias. São 23 livros publicados. E muitas histórias em casas e matas.

Lygia plantou a Boa Liga, plena de verde, praças, curvas, picadas, trilhas, córregos, várzeas. Na Serra Fluminense, a Boa Liga é um sítio-parque ambiental que selou o duradouro encontro com o seu companheiro Peter.

Em 1958, ela lançou a pedra deste espaço que traz um Santuário Ecológico em plena Mata Atlântica. Quando adquiriu o primeiro pedaço de terreno, suas montanhas eram cobertas de capim e de cupinzeiros. Em seis décadas, uma antiga fazenda de pasto se transformou num atapetado verde de copas frondosas.

Criou o Ponto de Encontro, o Paiol de Histórias, a Casa do Papel, alguns pousos, pracinhas, recantos aprazíveis. Abriu estradas e transformou tudo num gigante verde, habitado por aves e outros animais. Pássaros que orquestram seus cantos ao longo do dia. Frutíferas identificadas por charmosas placas artesanais.

Boa Liga vem da ligação com Peter, que iniciou ali e frutificou. O espaço nos leva a refletir sobre o meio ambiente como um caderno escrito com jardins, hortas, matas, sementeiras. Assim são as obras literárias, assim são os espaços de preservação ambiental. Páginas para serem escritas, semeadas e cultivadas.

 

Ninfa Parreiras, estudiosa da obra de Lygia Bojunga, professora, escritora e psicanalista

Fotos: Pedro do Rio (Petrópolis, RJ), Inverno de 2021


 

sexta-feira, 2 de abril de 2021

 Mensagem de Lygia Bojunga para o Dia Internacional do Livro

Infantil e Juvenil, de 1984, traduzida e divulgada nos 64 países
membros do IBBY: "Livro: a Troca". Na época, a ilustração foi feita por Angela Lago (17/12/1945-21/10/2017). Foi o 1o cartaz produzido pelo Brasil (FNLIJ - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).
Clique no link e conheça a mensagem.
Fotos: Angela Lago e Lygia Bojunga

quinta-feira, 4 de março de 2021

O Rio e eu

Dia da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro: 01 de março. Lygia Bojunga publicou, em 1999, o livro O Rio e Eu, atualmente pela Editora Casa Lygia Bojunga.

Um testemundo da paixão, das frustrações e dos encantos da autora pela Cidade Maravilhosa, escolhida por Lygia como sua morada.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Feito à mão 2

 Em 1996, Lygia Bojunga desenvolveu um projeto ousado que demandava tempo e cuidado. Preparou um livro feito à mão, com papeis reciclados, impresso em tipografia, com as notas de pé de página e capitulares escritas manualmente por ela. Pouco mais de 100 exemplares foram autografados no Rio de Janeiro. Muitos leitores de sua obra ficaram sem acesso a um exemplar do Feito à mão
Mais adiante, Lygia publicou o livro impresso em gráfica. Agora todos os leitores podem ler esta obra que fala do fazer à mão artesanal. Fala dos cuidados com a natureza, as artes, os artesanatos e a escrita. E, principalmente, fala das relações e dos afetos, do mágico encontro entre as pessoas, entre o artesão e sua arte.
Em capítulos curtos e intimistas, Lygia nos leva para dentro de uma intimidade dela (que passa a ser nossa) e passeamos por Pelotas e Retiro (RS); Boa Liga (Pedro do Rio, Petrópolis, RJ); Londres; Minas Gerais; Copacabana e Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ; México,Turquia... 
Cúmplices, seus leitores testemunham suas descobertas, suas artesanias com as palavras.
 Reparar as notas de pé de página, feitas a caneta.
(fotos:arquivo pessoal)

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Feito à mão 1

Você conhece o Feito à mão, de Lygia Bojunga? Projeto desenvolvido em 1996, é um livro que fala do fazer artesanal na vida e na obra da autora. Em seus textos metaliterários, este livro enaltece o valor de se fazer as coisas com as mãos. Para que servem nossas mãos? O que fazemos com elas: nossas comidas, nossos cultivos, nossas artes... Lygia nos leva a passear por experiências únicas e nos abre as portas do seu ateliê-escritório. Na verdade, nos mostra suas casas e seus esconderijos de artesã. Papel artesanal, impressão com tipografia, capitulares manuais... Já pensou quanta delicadeza? 
Você poderá conhecer esta obra, atualmente publicada pela editora Casa Lygia Bojunga.
 A foto de Lygia foi criada pelo artista Carlos Scliar
 Capas de papel de bananeira
 Letra manuscrita de Lygia
 Logomarca criada por Lygia
Cada exemplar foi numerado e assinado pela autora




quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Casa Lygia Bojunga de Portas Abertas em Santa Teresa

Sábado, dia 13 de setembro, dia especial de visitação no Arte de Portas Abertas

Um Novo Nicho pra Santa vai receber os visitantes, das 10h às 13h

Com Lucilia Soares e Rachel Facó
Marque sua visita, escreva uma mensagem para:
luciliahsoares@yahoo.com.br
faco.rachel@gmail.com


Venha ver a hera escrevendo histórias nas casas de Lygia
Entre para conhecer as homenagens que Lygia faz aos artistas de Santa: Fayga Ostrower, Roberto Magalhães, Rubem Grilo, Djanira, Paulo Cesar Cabral e outros mais
E ainda as homenagens aos artesãos: Ruth Casoy, Maria Teresa Nascimento Brito, Getúlio Damado, Maria Izabel Cetto
Conheça também exposições e cenários feitos à mão, pela autora moradora de Santa Teresa
 Rua Eliseu Visconti, 421, Santa Teresa
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Encontros literários

Encontros Literários
Dia 05 de dezembro 2013

17/19h e 19h/21h: leitura e conversa sobre a obra Retratos de Carolina

Local: Um novo nicho pra Santa, Casa Lygia Bojunga, Santa Teresa, Rio de Janeiro

Participe!

escreva para: ninfaparreiras@gmail.com

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, primavera 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Encontros Literários novembro 2013


Encontros Literários novembro 2013

Dia 21 novembro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de poetas variados

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

participe!


foto: arquivo Um novo Nicho pra Santa, inverno 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Corda bamba: cinema, literatura e infância

Corda Bamba: cinema, literatura e infância


Diretor Eduardo Goldenstein fala sobre o processo de produção do seu primeiro longa baseado na obra de Lygia Bojunga.

Leia a entrevista: 
http://www.revistapontocom.org.br/entrevistas/corda-bamba-cinema-literatura-e-infancia

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Encontros Literários outubro 2013

Encontros Literários outubro 2013


Dia 24 de outubro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de poetas variados

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

participe!

foto: arquivo Um novo Nicho pra Santa, inverno 2013


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Um Encontro com Lygia Bojunga

Ninfa Parreiras

            Poucos autores da literatura brasileira ficaram conhecidos internacionalmente, com traduções para dezenas de países. Lygia Bojunga é um deles. Detentora de dois prêmios internacionais, pelo conjunto da sua obra (Prêmio Hans Christian Andersen – HCA do International Board on Books for Young People – IBBY, 1982; e Astrid Lindgren Memorial Award - ALMA, 2004), todos os seus livros são também premiados no nosso país. São 22 obras em 41 anos de carreira.
            Além desses reconhecimentos notáveis, Lygia é uma empreendedora das palavras. Gosta de experimentar, de pôr a mão na massa, de tocar as palavras e de ver como se ajeitam no papel. De brincar com as letras. Como escritora, possui uma obra voltada ao público infantil, juvenil e adulto. A partir de 1988, com a publicação de Livro: um encontro com Lygia Bojunga, as obras têm um foco voltado ao leitor adulto, pela abordagem das questões subjetivas do nosso universo. Lygia já havia trabalhado a infidelidade, o abandono, o suicídio, sob a ótica do pequeno leitor: o olhar, o escutar da criança. Nas obras da década de 1990 em diante, suas personagens estão voltadas às questões do universo da maturidade adulta, mesmo quando há a retomada da infância, como em Fazendo Ana Paz, por exemplo. Ao repararmos sua obra, notamos que o ponto de vista do narrador cresce com o leitor. Seus primeiros livros podem ser apreciados pelas crianças e os livros mais recentes são mais apreciados pelos adultos.
            Os recursos que fazem de um texto literatura estão presentes na criação de Lygia (para citar alguns): o uso da verossimilhança, da metalinguagem, da intertextualidade, da metáfora, do jogo de palavras, da polissemia. Cada livro da autora é uma metáfora por si só: da infância, da miséria social, da vida urbana, da paixão.


Boa Liga: Pedro do Rio, RJ, 2008

            Lygia experimentou a edição e a produção de livros, feitos de uma forma artesanal. Em 1996, publicou Feito a mão. E em 2002 publica o primeiro livro da Casa Lygia Bojunga: Retratos de Carolina, que administra hoje juntamente com a Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga no Rio de Janeiro. A Fundação apóia e desenvolve projetos ligados ao livro. Vale a pena consultar o site e passear pelas obras e espaços: http://www.casalygiabojunga.com.br
São trabalhos e projetos interligados: os livros, as personagens, a Casa editora, a Fundação, a Boa Liga, o Paiol de histórias, o Novo Nicho pra Santa... como se todos formassem uma unidade, nos moldes da coleção da obra literária (mesmo formato de livros, mesma cor de fundo nas capas). “Uma costura”, “um redondo”, nas palavras da autora. Um livro é independente do outro, mas também está ligado a outro por aspectos comuns (valores universais e sociais, por exemplo); uma personagem é distinta da outra, mas povoam o mesmo território de criações de Lygia Bojunga. Um projeto de vida, de autoria, de trabalhos culturais e sociais com coerência e dedicação!
            Há mais de quinze anos, tenho ministrado cursos e oficinas para adultos sobre a obra da Lygia, grupos de leitura e de estudo. O que mais me surpreende é a afetação que a leitura de uma obra provoca no leitor. Depois de ler um conto, uma novela, o leitor não é a mesma pessoa. As pessoas ficam surpresas ou incomodadas com alguma coisa da narrativa, a ponto de discutirem contra ou a favor do destino da personagem. Ficam tocadas de maneiras diferentes. Uma inquietude gostosa. Há um mergulho apaixonado dos leitores. Alguns se sentem fazendo parte do contexto da história.
No conto “Tchau”, há quem fique do lado de Rebeca; há quem fique do lado da mãe... É um conto de ruptura social e ideológica: a mudança no papel da mulher na sociedade e a mudança na configuração familiar. Ainda não presenciei um leitor sair neutro depois da leitura de “Tchau”.

            Também tenho notado como as pessoas se emocionam: suas memórias subjetivas são reativadas e chega um fluxo de lembranças, de associações, de falas... O passado vem, mistura-se ao presente. A fala do leitor se mistura à fala da autora e outro livro passa a existir: o da subjetividade de cada leitor.
            Outra coisa que me chama a atenção é a generosidade da Lygia: ela revela ao leitor seus passos, seu caminhar, no “Pra você que me lê” (texto que abre ou fecha a maioria das suas obras). Ela compartilha, divide com o leitor suas dúvidas, seu processo. Aliás, sua obra se dá em processo, não planejada, construída ao longo do seu papel como transmissora da cultura brasileira, do linguajar do povo, da gente das periferias.
            Questões existenciais, sociais, ideológicas... Tudo isso está presente em sua obra. Seus textos da década de 1970 anteciparam os grandes problemas sociais que vivemos hoje: violência, abandono, desigualdade social... Algumas palavras de leitoras sobre seus textos:
“Mas ela subiu um morro e entrou num barraco? É igualzinha a descrição. Incrível essa autora!” (em relação ao conto “O bife e a pipoca”).
“Nossa! Que maldade com a menina! Mas tem mãe que é ruim assim mesmo. A Lygia mostra uma mãe bisca. Isso existe mesmo!” (sobre o conto “Tchau”). “Parece até que a Lygia foi menino de rua! Vê isso que ela faz nos Colegas. Só quem viveu à margem, conhece a pobreza.” (sobre Os colegas)
            E agora, lembramos a mensagem “A troca”, publicada em Livro: um encontro com Lygia Bojunga e divulgada na década de oitenta como mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil. Nela, Lygia se revela como criança, leitora, escritora, mulher, adulta, construtora, criadora, com uma linguagem poética, deliciosa de ler e de escutar. Uma generosidade com os leitores e com os livros!

fotos: arquivo pessoal, Boa Liga, verão 2008


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Encontros literários setembro 2013

Encontros Literários setembro 2013

Dia 12 de setembro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de diferentes poetas

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, verão 2012

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Encontros literários agosto 2013

Encontros Literários Agosto 2013

dia 29 de agosto

- 16h/18h
Leitura de poemas e Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke

- 19h/21h
Leitura de Retratos de Carolina, De Lygia Bojunga

participe você também!

contato: ninfaparreiras@gmail.com

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Encontros Literários Junho 2013

Encontros Literários Junho 2013


Dia 20 de junho

14h/16h:
Leituras de poemas e das Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke

16h/18h:
Leitura e bate-papo sobre O meu amigo pintor

Participe: cel 88955231

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, inverno 2012