Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga

Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga
Un Novo Nicho pra Santa

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Encontros literários

Encontros Literários
Dia 05 de dezembro 2013

17/19h e 19h/21h: leitura e conversa sobre a obra Retratos de Carolina

Local: Um novo nicho pra Santa, Casa Lygia Bojunga, Santa Teresa, Rio de Janeiro

Participe!

escreva para: ninfaparreiras@gmail.com

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, primavera 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Encontros Literários novembro 2013


Encontros Literários novembro 2013

Dia 21 novembro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de poetas variados

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

participe!


foto: arquivo Um novo Nicho pra Santa, inverno 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Corda bamba: cinema, literatura e infância

Corda Bamba: cinema, literatura e infância


Diretor Eduardo Goldenstein fala sobre o processo de produção do seu primeiro longa baseado na obra de Lygia Bojunga.

Leia a entrevista: 
http://www.revistapontocom.org.br/entrevistas/corda-bamba-cinema-literatura-e-infancia

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Encontros Literários outubro 2013

Encontros Literários outubro 2013


Dia 24 de outubro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de poetas variados

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

participe!

foto: arquivo Um novo Nicho pra Santa, inverno 2013


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Um Encontro com Lygia Bojunga

Ninfa Parreiras

            Poucos autores da literatura brasileira ficaram conhecidos internacionalmente, com traduções para dezenas de países. Lygia Bojunga é um deles. Detentora de dois prêmios internacionais, pelo conjunto da sua obra (Prêmio Hans Christian Andersen – HCA do International Board on Books for Young People – IBBY, 1982; e Astrid Lindgren Memorial Award - ALMA, 2004), todos os seus livros são também premiados no nosso país. São 22 obras em 41 anos de carreira.
            Além desses reconhecimentos notáveis, Lygia é uma empreendedora das palavras. Gosta de experimentar, de pôr a mão na massa, de tocar as palavras e de ver como se ajeitam no papel. De brincar com as letras. Como escritora, possui uma obra voltada ao público infantil, juvenil e adulto. A partir de 1988, com a publicação de Livro: um encontro com Lygia Bojunga, as obras têm um foco voltado ao leitor adulto, pela abordagem das questões subjetivas do nosso universo. Lygia já havia trabalhado a infidelidade, o abandono, o suicídio, sob a ótica do pequeno leitor: o olhar, o escutar da criança. Nas obras da década de 1990 em diante, suas personagens estão voltadas às questões do universo da maturidade adulta, mesmo quando há a retomada da infância, como em Fazendo Ana Paz, por exemplo. Ao repararmos sua obra, notamos que o ponto de vista do narrador cresce com o leitor. Seus primeiros livros podem ser apreciados pelas crianças e os livros mais recentes são mais apreciados pelos adultos.
            Os recursos que fazem de um texto literatura estão presentes na criação de Lygia (para citar alguns): o uso da verossimilhança, da metalinguagem, da intertextualidade, da metáfora, do jogo de palavras, da polissemia. Cada livro da autora é uma metáfora por si só: da infância, da miséria social, da vida urbana, da paixão.


Boa Liga: Pedro do Rio, RJ, 2008

            Lygia experimentou a edição e a produção de livros, feitos de uma forma artesanal. Em 1996, publicou Feito a mão. E em 2002 publica o primeiro livro da Casa Lygia Bojunga: Retratos de Carolina, que administra hoje juntamente com a Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga no Rio de Janeiro. A Fundação apóia e desenvolve projetos ligados ao livro. Vale a pena consultar o site e passear pelas obras e espaços: http://www.casalygiabojunga.com.br
São trabalhos e projetos interligados: os livros, as personagens, a Casa editora, a Fundação, a Boa Liga, o Paiol de histórias, o Novo Nicho pra Santa... como se todos formassem uma unidade, nos moldes da coleção da obra literária (mesmo formato de livros, mesma cor de fundo nas capas). “Uma costura”, “um redondo”, nas palavras da autora. Um livro é independente do outro, mas também está ligado a outro por aspectos comuns (valores universais e sociais, por exemplo); uma personagem é distinta da outra, mas povoam o mesmo território de criações de Lygia Bojunga. Um projeto de vida, de autoria, de trabalhos culturais e sociais com coerência e dedicação!
            Há mais de quinze anos, tenho ministrado cursos e oficinas para adultos sobre a obra da Lygia, grupos de leitura e de estudo. O que mais me surpreende é a afetação que a leitura de uma obra provoca no leitor. Depois de ler um conto, uma novela, o leitor não é a mesma pessoa. As pessoas ficam surpresas ou incomodadas com alguma coisa da narrativa, a ponto de discutirem contra ou a favor do destino da personagem. Ficam tocadas de maneiras diferentes. Uma inquietude gostosa. Há um mergulho apaixonado dos leitores. Alguns se sentem fazendo parte do contexto da história.
No conto “Tchau”, há quem fique do lado de Rebeca; há quem fique do lado da mãe... É um conto de ruptura social e ideológica: a mudança no papel da mulher na sociedade e a mudança na configuração familiar. Ainda não presenciei um leitor sair neutro depois da leitura de “Tchau”.

            Também tenho notado como as pessoas se emocionam: suas memórias subjetivas são reativadas e chega um fluxo de lembranças, de associações, de falas... O passado vem, mistura-se ao presente. A fala do leitor se mistura à fala da autora e outro livro passa a existir: o da subjetividade de cada leitor.
            Outra coisa que me chama a atenção é a generosidade da Lygia: ela revela ao leitor seus passos, seu caminhar, no “Pra você que me lê” (texto que abre ou fecha a maioria das suas obras). Ela compartilha, divide com o leitor suas dúvidas, seu processo. Aliás, sua obra se dá em processo, não planejada, construída ao longo do seu papel como transmissora da cultura brasileira, do linguajar do povo, da gente das periferias.
            Questões existenciais, sociais, ideológicas... Tudo isso está presente em sua obra. Seus textos da década de 1970 anteciparam os grandes problemas sociais que vivemos hoje: violência, abandono, desigualdade social... Algumas palavras de leitoras sobre seus textos:
“Mas ela subiu um morro e entrou num barraco? É igualzinha a descrição. Incrível essa autora!” (em relação ao conto “O bife e a pipoca”).
“Nossa! Que maldade com a menina! Mas tem mãe que é ruim assim mesmo. A Lygia mostra uma mãe bisca. Isso existe mesmo!” (sobre o conto “Tchau”). “Parece até que a Lygia foi menino de rua! Vê isso que ela faz nos Colegas. Só quem viveu à margem, conhece a pobreza.” (sobre Os colegas)
            E agora, lembramos a mensagem “A troca”, publicada em Livro: um encontro com Lygia Bojunga e divulgada na década de oitenta como mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil. Nela, Lygia se revela como criança, leitora, escritora, mulher, adulta, construtora, criadora, com uma linguagem poética, deliciosa de ler e de escutar. Uma generosidade com os leitores e com os livros!

fotos: arquivo pessoal, Boa Liga, verão 2008


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Encontros literários setembro 2013

Encontros Literários setembro 2013

Dia 12 de setembro, quinta-feira

15h30/17h30: leitura e bate-papo
Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke e poemas de diferentes poetas

19h/21h: leitura e bate-papo
Retratos de Carolina, Lygia Bojunga

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, verão 2012

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Encontros literários agosto 2013

Encontros Literários Agosto 2013

dia 29 de agosto

- 16h/18h
Leitura de poemas e Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke

- 19h/21h
Leitura de Retratos de Carolina, De Lygia Bojunga

participe você também!

contato: ninfaparreiras@gmail.com

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Encontros Literários Junho 2013

Encontros Literários Junho 2013


Dia 20 de junho

14h/16h:
Leituras de poemas e das Cartas a um jovem poeta, Rainer Maria Rilke

16h/18h:
Leitura e bate-papo sobre O meu amigo pintor

Participe: cel 88955231

foto: arquivo pessoal, Um novo nicho pra Santa, inverno 2012

sábado, 20 de abril de 2013

Sabrinas e Palomas


Sabrinas e Palomas
                         Juliana Borel

Apareceu assim, como se eu estivesse em alfa o tempo todo e, de repente, ele surgiu na minha frente. Engraçado é que há pouco tempo eu tinha ouvido falar daquele livro. Por isso, quando por acaso vi Sapato de Salto, da Lygia Bojunga, numa livraria do Centro do Rio, não pude parar de pensar que, se destino existe mesmo, aquilo devia ser um sinal.
Então, comprei o livro. Tive que esperar algumas semanas para mergulhar de cabeça, pois ainda terminava de ler Saco de Ossos, do incrível Stephen King (já leu? Não recomendo para quem tem problemas cardíacos... É só um alerta!). E assim, em alguns dias, saí do imaginário mundo bizarro de King para o real mundo de Lygia.
Sapato de Salto... Se eu não soubesse que o livro aborda temas como abuso sexual e prostituição infantil, talvez achasse que a história fosse uma comédia romântica daquelas bem açucaradas, com momentos de transformação da protagonista de patinho feio para a menina mais bonita da escola.
A história de Sabrina não poderia ser mais distante disso! Uma garotinha órfã que já aos 10 anos descobre toda a crueldade que pode haver nos homens. Abusada a primeira vez na casa onde vai trabalhar como babá e os infortúnios que a levam a se prostituir vão, aos poucos, indo dos olhos para o cérebro, percorrendo nossas entranhas, invadindo nossas veias do entendimento e atacando nossos corações. Pelo menos foi isso o que senti... Um verdadeiro soco no estômago.
Curioso mesmo é como a Lygia consegue abordar com leveza um assunto tão pesado. Como o soco desferido pela história de Sabrina consegue, ao mesmo tempo, ferir e entreter.
Conheço pessoas que choraram o livro inteiro. Eu não.
Não, o que me fez chorar no livro foi a bondade de Paloma, a mãe de Andréa Doria (que delícia o Andréa Doria), mulher submissa de Rodolfo (pena, muita pena, do Rodolfo), irmã do Leo (o mundo precisa de mais Leos como o dela) e cheia, cheia de amor. O que me fez chorar foi a sua esperança e a sua certeza de que sempre é possível salvar uma criança, não importa quanto mal ela tenha visto ou vivido.
Sim, foi isso o que me fez chorar. Perceber que temos mais, muito mais, Sabrinas do que Palomas no mundo.
E, se o acaso decidir, e um dia uma Sabrina aparecer na minha vida, espero, do fundo do coração, ser uma Paloma para ela.

* Juliana Borel é jornalista, participa do curso de literatura infantil da Estação das Letras

quarta-feira, 27 de março de 2013

Estão abertas as visitas para 2013

Um Novo Nicho pra Santa abre a temporada de visitas 
2013

Marque a visita da sua escola, do seu grupo de leitura.
As visitas estão abertas a crianças, adolescentes e adultos.
Grupos: no mínimo seis pessoas, no máximo 20 pessoas.

São três casas com obras que homenageiam artistas e artesãos de Santa.
Há exposições de livros de Lygia Bojunga, prêmios recebidos e obras traduzidas.
Uma vista, uma escada, um caderno feito a mão. O que seus olhos descobrirem!
Planeje o seu dia e envie um email para: ninfaparreiras@gmail.com 
Um Novo Nicho pra Santa está de portas abertas!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Encontros Literários Março 2013


Encontros Obra Lygia Bojunga Março 2013


dia 14, quinta-feira, 15h30/1730: 
Leituras sobre poesia, 
Cartas a um Jovem poeta, Rainer Maria Rilke
(a partir de Livro: um encontro)

dia 13, quinta-feira, 19h/21h: 
Leitura: O sofá estampado

participe você também em Santa Teresa!

foto: arquivo pessoal, imagens de Um novo nicho pra santa, 2012