Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga

Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga
Un Novo Nicho pra Santa

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Professores do CIEP Oswald de Andrade visitam Um novo nicho pra Santa


foto: arquivo pessoal, planta de orelhas, Casa Lygia Bojunga, inverno 2012

Professores do CIEP Oswald de Andrade 
visitam Um Novo Nicho pra Santa

CIEP 06.22.203 OSWALD DE ANDRADE

Aos professores que participam do projeto Muito Prazer, Eu Sou Leitor.

“ E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”
                                                                                 José Saramago

Dialogando com o texto de Saramago, podemos inicialmente nos perguntar quais e quantas são as coisas que temos tentado ensinar ao longo desses anos em que nos dedicamos à educação. O que será que deixamos de aprender quando não exercitamos nosso olhar atento para as crianças, seu modo de ver a vida e, em especial, para a riqueza presente no patrimônio cultural infindável que é a literatura para crianças?
Mas nenhuma dessas respostas buscaremos agora, pois a  ideia de iniciar esta carta conversando com Saramago é, justamente no oposto sentido dessa reflexão inicial.
No momento em que estamos reunidas (os) numa manhã carioca de sol visitando a Casa Lygia Bojunga (com nossas “bolsas amarelas” repletas de vontades que vivem engordando), a mais rica reflexão é olhar para frente e pensar:
quais e quantas coisas podemos aprender agora que já descobrimos o grande valor da literatura infantil?
É esse potencial de encontros, descobertas, realizações que nos move hoje!
O amadurecimento do nosso projeto de leitura e, sobretudo, o fato de seguirmos firmes com ele, impulsiona o grupo a buscar cada vez mais no universo das histórias infantis o néctar necessário à vida.
Como já afirmamos em outra ocasião: “o projeto, que originalmente intenta garantir ao aluno o direito à literatura de qualidade, demonstra-se também morada segura onde nós, professores da escola, construímos sólidas bases para resistir à avalanche das condições adversas que nos cercam a cada dia.”
Como alpinistas literários, fincamos nossa bandeira no cume dessa montanha e, de certo, nada nos afastará da determinação de que juntas(os) somos fortes o suficiente para construir uma sociedade mais humana, sobretudo porque temos o livro como nosso bom companheiro.
Desejamos a todas e todos um lindo dia literário!

Rio de Janeiro, 08 de agosto de 2012.
Eliane Pimenta e Vânia M. de Feu